PORQUE EU ODEIO FUTEBOL

Sim, meus prezados colegas, é exatamente isso que vocês leram acima. E sim, eu sou brasileiro (infelizmente). Eu ODEIO futebol. ODEIO!
“Mas por que esse rancor todo, jovem?”, vocês devem estar se perguntando. Bem, continuem lendo que vocês entenderão.
Em primeiro lugar: os jogadores. Não os jogadores em si (tá certo, voltarei neles mais tarde), mas os uniformes deles. Me desculpem, mas ficar durante quase duas horas assistindo um bando de marmanjos ficarem correndo atrás de uma bola, e ainda por cima, de shortinhos, realmente é algo intragável. Não dá. NÃO DÁ!
E mesmo no futebol feminino essa visão melhora, até porque a mulherada que entra em campo é bem masculinizada. Ouso dizer que muitas me deixam em dúvida quanto ao gênero (algumas parecem travestis sim, nem venha querer me convencer do contrário!). Nota: Se tiver estômago fraco, pare de ler aqui, pois desse ponto em diante, vai ser só pedrada!
Outra coisa que me deixa “enojado” são as tão conhecidas “marcações”, onde um jogador fica “patolando” o outro: aperta a bunda, meta a mão no peito, pega na coxa do outro e até coisa pior! (localidades essas que pretendo deixar de lado [chutar para escanteio?], para não perder a compostura). Ou seja, é praticamente uma orgia pornográfica gay, mas que passa às 16hs de todo domingo. É dia do Senhor, tenham um mínimo de decência, pelo amor de Deus! (Deus está morto, segundo o filósofo existencialista, Kant) E novamente o futebol feminino não foge à regra, visto que fica uma estranha sensação no ar, de excitação, entre o nojo e o tesão.
Segundo motivo (terceiro, se contar com as “patoladas”? Ah, que se dane!): os torcedores. Convenhamos que o torcedor, por ser torcedor, já ta errado antes mesmo de abrir a boca, seja sobre o que for. TÁ ERRADO, E PONTO FINAL!
O torcedor, em 95% dos casos, é uma pessoa doente por si só, e sua relação para com quem ele torce é uma relação de amor e ódio. Se o time ganha, comemora com fogos de artifício. Se perde, quer logo soltar uns tiros pra cima do “time do coração”, quando não quer partir para a agressão física, pois para o torcedor não basta xingar a mãe do jogador, que não tem culpa do filho ser um filho da puta (ou será que tem? Hum... algo a se pensar...); ou seja, é praticamente um casamento não correspondido, onde um espera que o outro faça na mesma medida, senão mais. Quer coisa pior do que isso? Ah, mas tem mais, MUITO MAIS!
Novo motivo: o por trás dos bastidores. O que acontece fora do campo e a gente não vê, ou vê mas não acredita, não lembra ou ignora. Mas o que diabos é isso, afinal? Estou falando do contra-cheque. Não o contra-cheque em si, mas o que ele proporciona ao jogador. Pense bem e pare para analisar. O cara faz em um único dia (menos até, na verdade, horas ou minutos de trabalho!), coisa que muita gente faz durante a semana, e de graça! Só que os jogadores “profissionais” o fazem pior do que o “jogador de fim de semana”, sem um mínimo de tesão e sem o “amor à camisa” que já há tempos está esquecido, morto e enterrado num terreno baldio qualquer, e o que acontece? O filho da puta ganha milhões para isso. MILHÕES! Quantias que são quase impossíveis de conseguir gastar em uma vida! E o que eles fazem com esses milhões, pouquíssimo suados e merecidos? Compram carros importados caríssimos que nem se pode usufruir aqui no Brasil, visto a quantidade de vagabundos invejosos que podem danificar o carro alheio só olhando para ele, mansões gigantescas e barcos que mais parecem porta-aviões. E não esqueçamos de outro fator mais do que crucial: eles eram pobres. Sim pobres, sem ter o que calçar ou o que comer. Onde diabos foi parar a humildade desses jogadores? ONDE?!
Paremos um segundo para levarmos em consideração e fazermos um paralelo: Muitos dos músicos mais famosos são, por conseqüência, ricos, milionários. Sim, ele também tem seus “luxos”, mas ele também ajudam uma porrada de gente. Exemplos: Elton John com sua Elton John Aids Foundation, que auxilia em pesquisas para a cura da Aids, e Jimmy Page, que tem uma ONG aqui no RJ, somente para citar alguns.
“Ah porra, o dinheiro é do cara, ele faz o que quiser com ele!”
Tudo bem, concordo que ele pode fazer o que quiser com o dinheiro. Só não venha esfrega-lo na porra da minha cara, ostentando um dinheiro que, como eu já disse anteriormente, não foi suado, e que eu e você ajudamos a botar no bolso dele, indo aos jogos e comprando camisetas, bandeiras, bonés, fraldas e o escambau. Eu nem tanto, porque não compro nada, mas porra, deu pra entender.
Outro ponto: a imagem que o jogador passa. A meu ver, é a mais pura personificação da ignorância e da alienação que já calçou um par de chuteiras. A imagem que passam é:
“Olhe! Eu era pobre e agora sou rico! Você também pode ser rico e sem precisar exercitar o cérebro! Eu nunca li um livro na vida e muito menos sei tabuada, mas olhe quanto dinheiro eu tenho, e olhe quantas vadias eu já comi! Tudo isso porque eu sou um jogador de futebol! Se eu consigo, você também consegue!”
Vou lhes dizer uma coisa: caráter não se compra; se constrói. Se você pensa que vai conseguir subir na vida sem estudos, você está muito enganado. A imagem de um jogador de futebol, dentro da nossa sociedade, é a de um herói, um semi-deus, principalmente para a população pobre. “Como eu sou burro, podre e fudido, ou eu viro jogador de futebol, ou eu viro traficante!”
Já ouvi essa frase em salas de aula. Acreditam nisso? Pois sim, é possível ouvir esse tipo de asneiras, e chega a doer, quando me lembro disso.
Os jogadores não só insultam a minha inteligência como pessoa, como também distorcem a realidade dos jovens pobres de nosso país. Como pode uma coisa dessas? Jogadores de futebol são tudo e mais um pouco do que há de pior no mundo: criaturas que tem a chance de contribuírem para a sociedade, mas que não o fazem, seja por egoísmo, burrice, ou o que for.
Eu sinto vergonha de fazer parte de uma sociedade tão obcecada por futebol. VERGONHA!
Futebol, Carnaval e cerveja são os maiores males de nosso país.
A ignorância é, de fato, uma benção, principalmente aqui, no Brasil.
Ouso mudar um jargão popular para finalizar esse texto:
O pior cego não é aquele que não quer ver; o pior cego é aquele que vê, mas prefere ignorar.
Vergonha. VERGONHA!
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One Response to this post

  1. Anônimo on 26 de novembro de 2009 às 11:33

    Deixa lá o futebol feminino de lado!

    Ve lá se estas são masculinas... Claro que são portuguesas, né, mas as brasileiras tb n devem ficar atrás

    http://futebolbenficafeminino.blogspot.com/2009/11/artigo-do-expresso-sobre-jogadoras.html

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